terça-feira, 29 de abril de 2008

A Justiça

A Justiça

Parem! Ainda não chegou a hora da decisão
Alto la, pois sou eu filha da razão que fala
E já provei o cálice da emoção
Atenas é meu nome e não abro mão
Do meu veredicto que mesmo ao meu comando em espera já esta dito
É preciso pensar
Sou impiedosa e não digo por que me deixei ficar assim
É da minha natureza oculta
E não se atreva a me desvendar
Perdera o prazer de provar o instante mágico em tudo que há
Espere, não estou te enrolando e nem alimentado o seu ego
Segue cego e mudo
Essa é minha lição pra você
Da prudência eu fiz meu castelo
Da justiça a minha armadura
Não se preocupe eu não vou errar.
Digo no tribunal do Universo
Que agora é minha vez de te defender e a Juíza Misericórdia
Será favorável a sua causa
Acredite! Não sei de forma alguma enganar
Visto a toga da transparente verdade e estou coberta da mais alta proteção
Sou mulher guerreira
Sou mulher destemida
Não tenho a pureza para ofertar
Mas se prometo eu cumpro e nada me fará mudar
Posso não se calorosa e muito menos afetuosa
Mas de mim terá a minha própria vida em defesa da sua
Podes ser o maior mostro para a humanidade
Mas com meus argumentos te faço herói aclamado
Se fores pecador
Mostro a platéia que és o mais Santo de todos
Se fores de cor, digo que és do arco Iris a cor mais bela e provo que todos somos a mesclagem de vários matizes, se assim preciso for
Se gosta de algo diferente e enfrentas a divergência
Se toldam de ser como és
Eu Atenas me levanto em teu pleno favor
Digo que Deus não fez todos da mesma forma, mas de um único principio
A chama Sagrada do Amor
Viu como sou astuciosa
Sou a iluminada filha do crivo passada pela razão
Então abram os umbrais da prisão que eu mesmo trago a chave da tua Libertação
Somente agora posso te ouvir e abaixar minha espada
Desculpe-me, estava lutando por ti.
Advogando a tua nobre causa
O direito de viver e ser feliz.

Miguel Diniz


2/10/2007 17:24

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